Parece que as estrelas de baixa massa, conhecidas como anãs laranjas, possuem um mecanismo de dínamo e campos magnéticos mais complexos do que os astrônomos imaginavam. Se a descoberta estiver correta, ela vai trazer implicações para os modelos de evolução estelar e até mesmo para a busca por vida fora da Terra.
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Em um novo estudo publicado no The Astrophysical Journal Letters, pesquisadores da Ohio State University usaram dados do Sloan Digital Sky Survey para estudar uma amostra de 136 estrelas no aglomerado estelar Beehive (ou M44), onde 68% dos corpos luminosos são anãs laranjas.
Com isso, eles descobriram que os campos magnéticos dessas estrelas pareciam muito mais fortes do que a teoria prevê. Segundo os autores do estudo, um mecanismo interno até então desconhecido, batizado de desacoplamento núcleo-envelope, ocorre quando a superfície e o núcleo da estrela giram na mesma taxa e depois se afastam.
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Esse processo, de acordo com a equipe, aumenta os campos magnéticos nas superfícies dessas estrelas frias, intensificando a radiação emitida por elas por bilhões de anos e afetando a habitabilidade dos planetas ao redor delas. “Isso indica que pode haver alguma física interessante em jogo”, disse Lyra Cao, principal autora do estudo.
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A equipe também levantou a hipótese de que a sincronização de velocidade do núcleo e do envelope de uma estrela pode induzir o mesmo tipo de magnetismo encontrado nessa amostra de anãs laranjas. Isso significa que, embora parecidos, os campos magnéticos nas superfícies do Sol e o das estrelas frias teriam origens totalmente diferentes.
O estudo prevê que esse efeito dura bilhões de anos em algumas dessas estrelas, resultando em emissões de radiação capazes de tornar os planetas em suas órbitas inabitáveis durante todo esse período. Por outro lado a descoberta ajudará a determinar quais anãs laranjas estariam em condições de possuir um sistema planetário habitável.
Por fim, novas observações podem levar os cientistas a rever os modelos de evolução estelar, ao menos no que diz respeito às estrelas frias. Considerando que elas duram entre 18 e 34 bilhões de anos (nem houve tempo desde o Big Bang pra qualquer uma delas morrer), os astrônomos estão olhando apenas um suspiro de suas vidas, ou seja, ainda há muito o que aprender sobre elas.
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