Analisado por Cássio como “melhor jogador da base desde que chegou ao clube em 2012” e vendido ao Zenit, da Rússia, por quase R$ 50 milhões, o atacante Pedro virou carta fora do baralho para Vanderlei Luxemburgo.
Neste domingo, o jovem de 17 anos completa exatos dois meses que não entra em campo. Sua última oportunidade com o treinador foi diante do Universitário, do Peru, em casa, no longínquo dia 11 de julho. Na ocasião, a equipe foi formada por reservas e meninos da base.
De lá para cá, mais nada. Nem jogo como titular nem mesmo alguns minutos como reserva. Mais do que isso: sequer foi relacionado em oito dos 15 jogos disputados pelo Corinthians após aquela última chance diante dos peruanos.
A reportagem do Meu Timão apurou que a situação causa enorme irritação no estafe do atleta, sobretudo do pai, amigos e familiares mais próximos. O empresário (Fernando Garcia), que costuma se manifestar em casos como esse, ainda não apareceu publicamente.
A não utilização de Pedro remete ao que Luxemburgo fez com outros três jogadores: Balbuena, Du Queiroz e Júnior Moraes, que foram liberados ainda sob contrato.
A diferença é que o jovem de apenas 17 anos foi vendido cerca de seis meses antes de ir embora, com mais de 30 jogos pela frente. O período de permanência do trio era muito menor (cerca de um mês).
Relembre a venda
O Corinthians tinha 80% dos direitos econômicos de Pedro e, na cessão do jovem ao Zenit, o clube permaneceu com 30% para uma futura venda. O valor da transferência foi de 9 milhões de euros (R$ 46,7 milhões).
Na ocasião, o presidente Duilio Monteiro Alves foi questionado e cobrado por ter vendido na primeira oferta. Segundo o mandatário alvinegro, a venda se deu pela necessidade financeira.
“Não acho uma venda pequena, pode ser que ele valha mais lá na frente, e torcemos para isso, é patrimônio do clube. Infelizmente, o Brasil não vende no valor final, na segunda venda na Europa os valores são mais altos. Isso é mercado, não Corinthians. Então 9 milhões de euros por 50% do jogador é uma excelente venda. Podíamos esperar mais? Não podíamos”, afirmou, à TV Bandeirantes.