
A resposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a prisão do jornalista australiano Julian Assange, detido desde 2019, repercutiu na imprensa internacional.
Durante coletiva de imprensa sobre a sua viagem ao Reino Unido, após acompanhar a cerimônia de coroação do Rei Charles III, Lula foi questionado pela correspondente Sara Vivacqua, do DCM, sobre a sua opinião a respeito da prisão do australiano.
Assange, fundador do WikiLeaks, está em uma penitenciária de segurança máxima na cidade de Belmarsh, na Inglaterra. O jornalista aguarda uma possível extradição para os Estados Unidos, onde pode ser condenado a uma pena de até 175 anos.
“É uma vergonha que um jornalista que denunciou as falcatruas de um Estado contra outro esteja preso, condenado a morrer em uma cadeia”, disse Lula. “O cara [Assange] não denunciou nada vulgar. O cara denunciou que um Estado vigiava outros. E isso virou crime contra o jornalista?”, continuou.
O jornalista foi responsável por um dos maiores vazamentos de papéis secretos das Forças Armadas dos EUA.
“O presidente do Brasil denunciou a falta de esforços conjuntos para libertar o fundador do WikiLeaks”, escreveu o prestigioso site norte-americano The Hill.
“O presidente brasileiro criticou a prisão do fundador do WikiLeaks como ‘um ataque à liberdade de expressão’”, noticiou a BBC News inglesa. “Lula disse que a publicação na Internet de telegramas secretos dos Estudos Unidos ‘expôs uma diplomacia que parecia intocável’”, acrescentou.
“Lula defende WikiLeaks: ‘quem divulga não é culpado’”, publicou a agência britânica Reuters.
“Em Londres, Lula pede esforços para libertar Assange”, informou o ABC News, do conglomerado de mídia dos EUA.