Por ausência de quórum mínimo, a sessão ordinária da Câmara de Porto Alegre desta quarta-feira foi encerrada precocemente após cerca de quarenta minutos de duração. Cinco proposições, no entanto, conseguiram ser apreciadas no plenário.
Não há somente uma explicação para o fim antecipado da sessão. Nos bastidores, alguns parlamentares citam uma tensão em relação às reuniões das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) que investigam as supostas irregularidades na Educação do município como um dos motivos, que fizeram com que vereadores poupassem discursos de tom mais inflamado hoje. Na tribuna, não houve pronunciamentos em nenhum momento.
Por outra perspectiva, o vereador Cassiá Carpes (PP) citou que a retirada de quórum significou uma manifestação em relação ao elevado número de moções de apoio ou repúdio votadas na Casa neste ano. No momento do encerramento da sessão, votava-se uma moção de solidariedade “aos estudantes cotistas desligados arbitrariamente da UFRGS”, de autoria de Giovani Culau, líder da bancada do PCdoB.
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Em moções, é comum que a votação entre os parlamentares seja simbólica, sem necessidade da colheita de votos. O pedido de votação nominal para a moção de Culau partiu da vereadora Comandante Nádia (PP), contrária à pauta. Com 17 votos, dois a menos do que o quórum necessário para o prosseguimento, o presidente do Legislativo, Hamilton Sossmeier (PTB), que se disse surpreso com o encerramento, decretou o término da sessão.
Na sequência da priorização diária, seria apreciada a homenagem que concede o título de Cidadão de Porto Alegre a Luis Suárez, jogador do Grêmio, de autoria do vereador Airto Ferronato (PSB), que fica para a próxima semana.
*Sob supervisão de Mauren Xavier